terça-feira, 11 de outubro de 2016

Será que tudo na vida tem um prazo de validade?

Em um momento de silêncio, sozinha, olhando o céu, pensativa, fiquei pensando: será que todos os acontecimentos ao longo da nossa vida tem dias, meses e anos já determinados, sem direito a prolongamentos, adiamentos ou direito a paradas? É, uma pergunta tão complexa e, à primeira vista, com respostas sem sentindo que levamos horas, dias pra conseguir chegar a uma conclusão sem o mínimo de exatidão, enfim. Parei e, por meio de alguns fatos, cheguei a algumas respostas mas com a possibilidade de sofrerem ressalvas, de acordo com as mudanças, transformações internas e fatores externos que possam vir a ocorrer. Segue (...) 

Amizades: não tem validade (a verdadeira). Podem durar uma vida inteira e além-vida pois, de algum modo, guardaremos lembranças e teremos um espaço, seja em pensamentos ou em nosso coração, reservado, guardado dentro de uma caixa, inquebrável onde só nós temos acesso. Não se abala, enfraquece! Fortalece e cria vínculos mais fortes a cada dia. Ressalvas: precisa ser cultivado, como uma plantinha, de que forma? Estar sempre ao lado, se importar, compartilhar tristezas, alegrias, vitórias. Ser um ombro amigo, um irmão(a) que proteja e esteja sempre disponível, independente do dia, humor ou tempo. Sim, amizades como essas se contam nos “dedos”. Sinta-se feliz se conseguir contar, em uma mão! Amigos são poucos, conhecidos muitos e os de passagem, centenas... 

Amor: tem/não tem validade. Resposta com dupla interpretação. Resposta 01: tem validade. É o amor que, ao longo do tempo, vai se deteriorando, se esvai e uma hora, acaba! É, talvez nunca deveria ser definido de tal forma (amor). São os relacionamentos que tem início, meio e fim, finito. Poderia ser eterno mas que, por destino, acontecimentos diários ou detalhes imperceptíveis não evoluiu, floresceu, frutificou. Todos nós estamos propícios a passar por rompimentos, imprevistos que causam dor, sofrimento mas são temporários e se vão com o tempo. Ah, o tempo cura, o amor (de verdade) faz esquecer e ter a certeza de que o que parecia ter dado errado, deu certo! 
Resposta 02: não tem validade. Ah, é o amor genuíno, que tudo suporta, causa felicidade, sorrisos infinitos, fortalece, faz voar e, se um dia você desequilibrar, sempre haverá uma nuvem (alguém) pra te segurar! Mera sorte ou não, cuide, retribua, viva cada momento e eternize! Seja feliz e seja o motivo da felicidade de alguém! 

Em especial (...): sem resposta. Vem sobrevivendo ao longo dos dias, sente saudade das conversas, das palavras e dos risos sem sentido, do primeiro “Oi”, “Bom dia”, “Boa noite”, a promessa de algum dia, da longa mensagem trocada que estremeceu e tornou a história em forma de reticências impossível de saber se existirá um “próximo dia” ou “morreu ali e sem perspectiva de um amanhã”. Haverá ou não um prazo de validade? Pode ser que sim e isso eu mesma posso determinar, de um dia pro outro, sozinha. Vai doer, talvez mais pela sensação de que poderia ter dado certo mas, por circunstâncias da vida, não evoluiu... ou, seja sem prazo de validade mas, nesse ponto, a decisão é um conjunto de dois, com a divisão de ações e a soma de pontos em comum. É recíproco! Mas, e aí? como solucionar e conseguir, seja minimamente, uma resposta? Ah, jogar o jogo e deixar de ser um mero espectador, arriscar pode gerar resultados tão bons que o arrependimento será de não ter feito isso antes e esperado o tempo certo que nunca se sabe, na realidade, se ele existe. Tá, o medo pode causar um efeito paralisante mas será que a possibilidade de ser feliz não poderia sobrepor a tudo? Só posso responder por mim mas por você, impossível... bem, será que algum dia terei essa resposta? Enfim, estou por aí vivendo e, quando tiver essa resposta, sabe onde procurar (...) 

Fim
Lari

P.S: fugi do assunto no final mas foi necessário, pelo meu bem.